Aos noivos que pretendem casamento católico
Caros noivos:
É com muita alegria que a Paróquia, na pessoa do Pároco, acolhe o vosso pedido de casamento católico.
Trata-se de um acontecimento muito importante e decisivo: para vós, para as vossas famílias e para toda a comunidade de que fazeis parte.
Por isso, no momento em que, livre e responsavelmente, decidis comprometer-vos a criar para sempre uma verdadeira comunidade de vida e de amor, pelo sacramento do matrimónio, queremos associar-nos à vossa alegria, acompanhar-vos com a nossa oração e amizade e ainda oferecer-vos a nossa ajuda.
Assim chamamos a vossa atenção para as orientações que se seguem.
Data do casamento
* Deve ser marcada sempre conjuntamente com o Pároco e com bastante antecedência.
* Quanto possível, evitai marcar o casamento para a Quaresma. Dado o carácter penitencial deste tempo, a celebração, se não puder ser evitada, deverá ser simples em todas as suas manifestações, sobretudo exteriores.
* No Tríduo Pascal não há qualquer celebração de casamento.
Processo – Documentação
* Porque vivemos em sociedade e para que o casamento fique devidamente regularizado, é preciso organizar um processo civil e outro religioso.
* De preferência, deve ser na paróquia de residência da noiva.
* Os emigrantes devem organizá-lo e fazer a necessária preparação na Paróquia ou na Missão Católica Portuguesa da área da sua residência no estrangeiro, mesmo que peçam para celebrar o casamento em Portugal.
* Desse processo terá de constar que sois batizados e que, religiosa e civilmente, estais livres para casar.
* Por isso, cada um dos noivos terá de apresentar os documentos seguintes:
– Certidão de Batismo (e Crisma),
– Certificado de Estado Livre ou de Proclamas (passado pelo Pároco da sua residência).
– Certificado para Casamento ou Certidão de casamento civil passado pelo Registo Civil. No caso de emigrantes: Certificado da transcrição do casamento civil no Consulado Português da sua área de residência.
– Certidão de óbito do cônjuge falecido (no caso de viuvez).
* Publicação de proclamas ou “banhos” é o anúncio oficial do vosso casamento à(s) comunidade(s) cristã(s) a que pertenceis, de modo que todos possam alegrar-se convosco, rezar por vós e, eventualmente, para bem de todos, revelar qualquer impedimento que pudesse existir. Assim compreendeis como o vosso casamento diz respeito também aos outros. Só excecionalmente deverá ser pedida a “dispensa de proclamas”.
* Sede vós mesmos (e não por intermédio de outras pessoas) a esclarecer-vos junto do Pároco e a tratar de todo o processo, com alguns meses de antecedência.
Preparação
Mais do que os “papéis”, embora necessários, conta sobretudo a vossa preparação. O casamento, sendo um assunto sério, será bem celebrado, se for bem preparado. Disponde-vos, pois, mesmo antes de irdes ao Registo Civil, a participardes em alguns encontros de preparação (o CPM, se possível), conforme a indicação do vosso pároco.
Celebração
* O casamento é celebrado de preferência, na igreja matriz da paróquia da noiva ou então na do noivo. Para outra igreja ou paróquia é preciso pedir a respetiva licença.
* Mais do que com as fatiotas, com o protocolo e com todo o aparato exterior, preocupai-vos com a beleza e a dignidade da celebração: simples, familiar, vivida e participada ativamente por todos e à hora marcada.
* Antes, durante e no fim da celebração, fazei com que as pessoas procurem manter uma compostura digna, evitando barulhos ou quaisquer outras atitudes impróprias do lugar sagrado em que se encontram.
* É obrigatória a presença de duas testemunhas (impropriamente chamadas “padrinhos”) como representantes da comunidade a que pertenceis, que sejam de maioridade, saibam e possam assinar.
* As leituras e as intenções da oração universal devem ser proclamadas por pessoas que saibam ler bem. Nesse dia, não deveis ser vós a fazê-las, já que a Palavra de Deus se dirige de uma maneira especial a vós, por isso deveis escutar atentos a Palavra de Deus. Para escolherdes, vede o
Ritual do Matrimónio. (clica para abrir)
* No n.º 30 do Ritual: Os cânticos a utilizar sejam adequados ao rito do matrimónio e exprimam a fé da Igreja, tendo em conta de modo especial a importância do Salmo responsorial na liturgia da Palavra. E o que se diz da escolha dos cânticos vale também para a escolha das obras musicais.
* O traje dos noivos, embora festivo, deve ser digno, decoroso e condizente com o lugar sagrado e a celebração em que participam.
Fotografias e Vídeos
* As reportagens fotográficas e filmadas supõem sempre a autorização do Pároco. Devem ser feitas por um profissional, ocupando um lugar fixo e discreto, de modo a não perturbar a celebração.
* O uso de flash ou de projetores seja evitado ou, no mínimo, limitado.
* No final, junto do altar-mor, só é permitido tirar uma ou duas fotografias o novo casal. As fotos sociais fiquem para o exterior da igreja. Não permitais que o fotógrafo, na reportagem que faz, possa abusar e até explorar a vossa generosidade.
* À saída, aclamem os recém-casados com palmas, evitando o arroz que suja. Os foguetes são proibidos.
A Boda
* É a primeira refeição que, com os vossos pais, ofereceis como casados. Sois vós que presidis. Sede simpáticos com os convidados, mas não aceiteis ser joguete de caprichos levianos, nem consintais que o ambiente de são convívio possa ser perturbado com certas “palhaçadas”, trazidas do estrangeiro e que muitas pessoas já não suportam. Procurai que todos os convidados se sintam bem até ao fim.
Depois do casamento
* Além das despesas do processo de casamento que foram já debitadas à Paróquia e deveis satisfazer antes do dia do casamento, não vos esqueçais de contribuir para as despesas da igreja. É uma forma de vos sentirdes cristãos responsáveis.
* Festejai cristãmente, em cada ano, o aniversário do vosso casamento, muito particularmente as principais datas jubilares (bodas de prata e ouro matrimoniais). Poderão ser ocasião importante para renovardes na alegria e dardes força à “graça” então recebida.
* Esforçai-vos por crescerdes na vossa formação religiosa e por viverdes sempre como um casal verdadeiramente cristão.
* Lembrai-vos que o vosso amor e o vosso casamento são uma construção contínua e que a educação dos filhos é a vossa principal e cada vez mais exigente tarefa.
* Há experiências válidas que muito vos poderão ajudar, tal como a outros casais: Equipas de Nossa Senhora, Escola de Pais, etc…
* E, finalmente, acreditai que o vosso amor crescerá na medida em que o partilhardes com todos os outros, em especial com aqueles que mais precisam da vossa ajuda e da vossa colaboração.
Desejo-vos, de todo o coração, as maiores felicidades,
O vosso Pároco: P. Helder Amadeu Baptista Sá
Diálogo antes do consentimento (Do Ritual)
N. e N. viestes aqui para celebrar o vosso Matrimónio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?
R.- É, sim.
Vós que seguis o caminho do Matrimónio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?
R.- Estou, sim.
Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?
R.- Estou, sim.
Consentimento
(O noivo diz:) Eu (N.) recebo-te por minha esposa a ti (N.) e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.
(A noiva diz:) Eu (N.) recebo-te por meu esposo a ti (N.) e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.
Entrega das alianças
(N.), recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
- AOS NOIVOS
- Palavras dos nossos Bispos: A alegria do amor no matrimónio cristão